Ideal Pessoal: “Amar pelo servir, em prontidão filial.”

Regininha, descendente de família japonesa, nasce em 12 de fevereiro de 1943, na cidade de Jataizinho/PR. Passa a maior parte de sua infância e adolescência, com seus pais, em Uraí/PR.

Com grande idealismo, sabe enfrentar com fortaleza, perseverança e responsabilidade as lutas consigo mesma e com o ambiente que freqüenta. Luta pela conquista do elevado ideal que descobre como meta de sua vida e aspiração.

Em 1961, muda-se para Londrina/PR, a fim de continuar seus estudos no curso de História, na faculdade de filosofia dessa cidade.

Hospeda-se no pensionato do Colégio Mãe de Deus, no qual assume a tarefa de bibliotecária do Colégio, para ajudar no custeio de suas despesas pessoais. Apesar da timidez, que lhe era característica, aos poucos vai adquirindo uma certa confiança nas pessoas e auto-segurança.

Aceita o convite para pertencer ao grupo da Juventude Feminina de Schoenstatt e, lentamente, estabelece um contato muito íntimo e profundo com a Mãe de Deus, o Santuário, o fundador e a Família de Schoenstatt. Isso leva a uma transformação completa de sua vida.

Cresce em seu coração o ardente desejo de ser uma outra Maria. Para tanto, não mede esforços em sua auto-educação, como contribuições ao Capital de Graças. Prova eloqüente desta realidade são as profundas anotações em seu diário.

A exemplo de José Engling, quis fazer de seu coração um florescente canteiro de lírios, expressão de seu ideal pessoal: “Amar pelo servir em prontidão filial”.

Sente-se chamada por Deus à vida religiosa, porém, não consegue concretizar este ideal porque muito cedo, é colhida pela mão paternal de Deus. Ele a chama para junto de si, aceitando a oferta heróica e generosa de sua jovem vida, no dia 5 de julho de 1966, em Curitiba/PR.

Na escola onde lecionava em Uraí, encontra-se um memorial com sua fotografia, como expressão do carinho e da amizade de seus colegas e uma Capela dedicada à MTA, em homenagem à Mãe de Deus e seu Santuário, berço de sua santidade. A biblioteca do Colégio Estadual de Uraí recebeu o nome de Maria Regina Tokano. Por longos anos, professores, companheiros de profissão e alunos se lembrarão daquela que consideram tão especial e cujo segredo de vida desejam descobrir e perpetuar.

Tudo isto nos fala de sua influência apostólica no meio onde atuava. Regininha foi uma pequena semente que se lançou com amor e ousadia no solo sagrado de Schoenstatt, para a Glória de Deus e o louvor de Maria.

Cada palavra do seu ideal pessoal, tem significado profundo e consciente:

AMAR: o amor por si só, já engloba tudo de bom que um ser humano possa desejar. É o sentimento mais sublime que se pode oferecer a alguém. Regininha se propõe a amar, amar a Deus, a Maria, ao próximo, e amar as coisas boas e os sentimentos puros.

SERVIR: Eis uma palavra difícil de ser vivida. Somente o amor pode impulsioná-la a viver servindo desinteressadamente. Deixar suas tarefas para ajudar os outros a cumprir a sua, muita vezes, deixar de se divertir para divertir e sorrir para os outros, de se realizar para se sentir feliz realizando os outros.

MARIA: Em Maria, podemos reconhecer toda a base e profundidade religiosa de Regininha, que a chamava de Mãezinha. Como não poderia deixar de ser, por sua pureza, seu silêncio, sua dedicação, Maria tem uma presença marcante em sua vida diária, pois era o seu modelo, sua Mãe, sua Conselheira em seu caminho de filha.

PRONTIDÃO FILIAL: Neste pondo podemos observar como Regininha se sentia pequena e como se entregava de corpo e alma à sua missão aqui na terra. Prontidão é sinônimo de humildade, de desinteresse, de dedicação e de amor a uma causa, seja ela qual for ou exija ela qualquer sacrifício e renúncia.

Analisando, assim, palavra por palavra de seu ideal pessoal, concluímos quanta simplicidade e ao mesmo tempo, quanta riqueza interior Regininha nos oferece como herança.

Vejamos algumas palavras de seu caderno pessoal de Regininha:

“Mãe, tua Regina quer alcançar tudo isto, não para me mostrar grande aos olhos do mundo, mas para maior glória do Pai e da tua Obra. Abençoa pois este desejo!”

“… quero ser Santa. Santo é aquele que vive conforme a vontade do Pai. Deus é perfeito, pois isso devo ser perfeita, não só no pensar e sentir, mas principalmente no viver. Dá-me tornar vivência aquilo que me ensinas através de Schoenstatt!”

Toda a aspiração à santidade e a vida de Regininha, mostra o seu anseio em fazer parte do monumento dos heróis, sendo mais uma cruz negra, e assim aconteceu. Seu nome se encontra no monumento dos heróis, junto ao Santuário de Schoenstatt, em Londrina/PR. Regininha é nossa heroína e exemplo, para que nos impulsionemos em viver nosso ideal no mundo de hoje, enfrentando, como ela, todos os desafios e aproveitando todas as graças que a Mãe de Deus nos oferece em seu Santuário.

Sobre o Autor

Juventude Masculina de Schoenstatt.