Ideal Pessoal: Tabernáculo de Deus, portadora de Cristo e Schoenstatt aos homens.

Bárbara nasceu em Thalkirchdorf – Allgan, pequeno povoado do sul da Alemanha, no dia 24 de julho de 1950. Ela foi batizada no dia 6 de agosto. Em março de 1951, por conseqüência da guerra, seus pais decidiram emigrar ao Chile, levando seus dois filhos: Bárbara tinha 8 meses quando deixou a Alemanha.

Os primeiros anos foram de intenso trabalho e grande dificuldade econômica para a família. Nesse ambiente de esforço cresceram as crianças. A família cresceu rapidamente, chegando a ter 10 filhos.

Os primeiros estudos Bárbara fez com um professor particular em sua casa, junto com outras crianças da vizinhança.

Aos 7 anos entrou no Internato das Ursulinas em Maipú, onde passou 7 anos. Estes anos foram de um tranqüilo e normal desenvolvimento; suas notas eram normais, tinha boas amigas.

Em 1957 fez sua Primeira Comunhão, no dia 8 de dezembro. Em 1958, aos 8 anos de idade, viajou com sua mãe à Alemanha. A principal lembrança que conservou foi a fascinação com a neve.

O Natal de 1958 trouxe para a família uma grande dor pelo falecimento de Mônica, a pequena irmãzinha de Bárbara, que quando tinha 2 anos faleceu afogada em um canal na frente de sua casa.

A recordação de sua irmãzinha deixou em Bárbara uma marca profunda: tinha medo da morte de qualquer membro de sua família e da sua própria.

Seus anos de juventude foram tranqüilos e felizes. Gostava de todos os esportes: andar a cavalo, natação, saltos mortais. Gostava das flores, que ela mesma cultivava. Uma profunda relação com seus pais caracterizou estes anos: ao voltar do internato passava horas contando-lhes tudo o que havia vivido.

Em 1966, pouco antes de cumprir 16 anos, se mudou para o Colégio Mariano, das Irmãs de Maria, para estar junto com suas outras 4 irmãs. Foi difícil para ela deixar suas amizades e o ambiente ao que já havia se acostumado.

Sem dúvida, seu ingresso no Colégio Mariano seria fundamental em seu desenvolvimento, pois aí conheceu o Movimento de Schoenstatt.

O quarto ano (1966) foi para ela um ano difícil; dedicou-se fundamentalmente ao estudo, onde se destacou de imediato como uma das primeiras do curso. Foi eleita como a representante da turma, mas o contato com suas companheiras não foi fácil este ano.

No quinto ano (1967) sua atitude no curso mudou radicalmente: já não lhe importava tanto o êxito com as notas, senão que buscou e conseguiu o contato mais profundo com suas companheiras. Destacou-se por sua responsabilidade e serviçalidade, ajudando suas companheiras e sendo para muitas sua confidente e conselheira.

Bárbara tinha uma maturidade pessoal maior que o corrente, em parte por causa de suas responsabilidades tanto de trabalho (todos os verões trabalhava ajudando seu pai), como de família, já que seus pais viviam em Linderos e ela com suas irmãs viviam em Santiago.

Bárbara e seu irmão tinham a responsabilidade por seus irmãos mais novos.

Em Setembro de 1967 ingressou no Movimento de Schoenstatt, depois de ter refletido muito e preparado-se para merecer um lugar nele. Em Janeiro de 1968 foi ao Acampamento em La Leonera, que lhe significou uma profunda vivência schoenstattiana.

Durante este ano foi eleita Chefe do Grupo e se preparou intensamente para a Aliança de Amor, que selou em Bellavista no dia 8 de dezembro pela manhã.

Três semanas depois, no dia 29 de dezembro, às 7:40 da manhã em um acidente de carro, a Mãe a levou ao céu. Essa mesma tarde foi transportada ao Santuário de Bellavista, o lugar que ela mais amou, o lugar onde aprendeu a conhecer nossa Mãe, onde encontrou um pedacinho do céu, onde se entregou à Ela como instrumento para os ideais de Schoenstatt.

Ali estava ela, de novo e para sempre em seu lar, nesse símbolo no lar eterno no qual o Pai Celestial a recebeu e a tem em paz e alegria, junto a Cristo e Maria e a todos os seus seres queridos.

Sua vida foi muito curta e não se encontrará nela acontecimentos espetaculares: foi uma vida normal, com tudo aquilo que uma jovem de 18 anos tem que experimentar.

Nisto reside seu valor: Bárbara nos faz palpável como uma menina pode entregar-se à Mãe e a Schoenstatt apaixonada e totalmente, deixar-se transformar pela ação da Virgem sem perder nada de suas qualidades nem de suas responsabilidades por seu ambiente. A vida de Bárbara manifesta a fecundidade da Aliança de Amor, a eficácia da ação educadora da Santíssima Virgem no Santuário de Schoenstatt.
“Minha missão no mundo é: Com tua ajuda e amor, preencher-me de Deus, de Cristo… e dá-Lo logo aos demais. Essa é minha missão, levar Deus a todos os homens, mas eu o farei negando-me a mim mesma, para que Cristo e Tu atuem através de mim.” (Bárbara Kast)

Sobre o Autor

Juventude Masculina de Schoenstatt.