O primeiro lugar onde foi construída a Pira de José Engling (ou Taça de Fogo) foi em Cambrai (norte da França), ao lado do Santuário da Unidade, levantado próximo ao lugar onde José Engling morreu. Este memorial consiste em um globo pousado sobre uma grande patena, símbolo do holocausto de José Engling, que ali se consumiu, e da decisão dos schoenstatteanos de seguir o seu exemplo. “Muitas pessoas, principalmente jovens, sentem-se atraídas pelas chamas da pira” (cf. Cesca, Olivo. Herói de Duas Espadas. 3ª. ed. São Paulo, p. 333). A base em forma de tripé simboliza a Santíssima Trindade. Nesta pira arde o nosso Capital de Graças para incendiar o mundo com o Fogo da Missão de Schoenstatt.

No Brasil, pouco a pouco, a Pira de Engling foi se tornando um símbolo por excelência da Juventude Masculina. A idéia nasceu em 1993. Nesse ano, em um retiro da Semana Santa no Jaraguá (São Paulo), com presença de jovens também de Londrina, onde se falou bastante do Fogo, como símbolo de Cristo. Como em 04/10/93 se completariam 75 anos da morte de Engling, o JUMAS Londrina decidiu conquistar algum símbolo para entregar à Mãe na ocasião. Recordaram, então, da lâmpada vermelha do Santíssimo do Santuário, uma conquista da Juventude Masculina (Geração Ver Sacrum, no tempo da 2ª Guerra Mundial) no Santuário Original.

Essa lâmpada se parece muito com a Pira. Há uma patena de onde saem arcos formando um globo e, no centro, a lâmpada vermelha, que simboliza o fogo que incendeia o mundo. Também a coroa da Juventude Masculina, que tinha estado com o Pai, tem uma simbologia muito parecida com a da Pira.

Decidiram, então, conquistar a Pira de Engling, que foi inaugurada em 09/10/93, ao lado do Santuário da Esmagadora da Serpente. Esta primeira pira era de cimento, e tinha uma particularidade, que parece muito interessante se a vemos à luz do Ideal Nacional do Jumas, descoberto 16 anos mais tarde: o globo da pira era formado por espadas de fogo que partiam dos Santuários, tal como estão na Coroa, simbolizando a luta para incendiar o mundo com o fogo do Santuário. Em 1997 se substituiu a pira de cimento por uma de bronze. Em seguida se construiu a Pira junto ao Santuário do Jaraguá e, com o tempo este símbolo foi sendo conquistado em vários Santuários, tornando-se paulatinamente um símbolo da Juventude Masculina em todo o Brasil. No Rio Grande do Sul a Pira é chamada com o nome original alemão “Taça de Fogo” (“Feuerbecken”).

Sabendo desta história, se entende melhor a “simbologia da Pira”:

BASE: É uma base com três pés em forma de tripé que representa a Santíssima Trindade, Deus Pai, Filho e Espírito Santo, que sustenta a patena.

PATENA: Tem a forma triangular e, na simbologia litúrgica, é o lugar onde se deposita o Corpo de Cristo. Na Pira a patena representa a mão de Deus que acolhe e sustenta o mundo.

GLOBO: Simboliza o mundo, nosso campo de batalha.

SANTUÁRIO-ESPADA (que estava na primeira Pira de Londrina):

É nossa arma no campo de batalha. Queremos mostrar a força e as graças de nosso Santuário para nossa vida, e tomar esta espada em chamas para incendiar e iluminar o mundo com o fogo de um Pentecostes Jovem.

FOGO: Na Pira é queimado nosso Capital de Graças. A partir desta chama queremos arder pela missão para incendiar o mundo, incendiar as pessoas, e isto exige muito sacrifício. Portanto, entregamos nossos sacrifícios nas mãos de Deus (patena), que estão apoiadas na Santíssima Trindade (base) para a partir dali sair com força, ânimo e confiança para completar nossa missão no campo de batalha da vida diária (globo).

Sobre o Autor

Juventude Masculina de Schoenstatt.