“Com Maria, Geração Missionária, ou Cristo ou nada!” foi o lema que incendiou cerca de 100 jovens de diversas cidades do Paraná para sair em missão e deixar um pouquinho do amor de Cristo pelas casas e pela comunidade. Todos se reuniram em Cornélio Procópio para que durante a tarde da sexta-feira (13) acontecesse a segunda pré-missão que, organizada pelos reitores, foi repleta de dicas para que tudo ocorresse bem em mais uma missão. Logo depois, às 17h, foi celebrada a missa e na sequência o envio, onde cada missionário conheceu a sua dupla. Neste ano de 2017, a cidade acolhedora foi Abatiá, que fica cerca de 60km de Cornélio. E desde o momento da chegada, demonstraram muita alegria em receber o Jumas ali. Vários membros da comunidade aguardavam os missionários em frente à Paróquia para que fizessem a acolhida e oferecessem um lanche. Cada comunidade se dirigiu ao colégio em que passaria os oito dias de muita união e entrega.

Já no sábado ocorreu o retiro com os assessores para que todos refletissem sobre a semana que passariam e entrassem definitivamente no espírito de missão. Com o coração motivado, todos saíram no período da tarde para que acontecesse o primeiro momento de visita às casas. Ao longo dos dias, enquanto os missionários aumentavam a experiência, as casas também se tornavam ainda mais marcantes.

A capela, local dos mais importantes da comunidade, começou a abrigar momentos muito fortes de espiritualidades. Lucas Braga, um dos espirituais, comentou um pouco sobre a preparação destes momentos: “Quando começamos a preparar a espiritualidade das Missões Cristo Tabor 2017 sempre nos deparamos com a dificuldade em não fazer mais do mesmo, em tentar mudar boa parte das dinâmicas e vivências. Isso não era um desejo do regional Paraná apenas, mas sim dos espirituais do Jumas Brasil. A ideia principal sempre foi tentar surpreender os missionários, fazer algo que eles não estavam esperando”. Como o lema já sugere, o centro das MCT 2017 foi Maria, e Lucas reforça o motivo: “A decisão por Maria como elemento central das missões foi uma decisão fácil, visto em ser o ano jubilar dedicado a ela conforme estabelecido pela CNBB. Porém deveríamos agora tentar falar de Maria de uma maneira diferente, porque querendo ou não a espiritualidade das missões sempre foi mariana. A partir disso o regional Paraná decidiu buscar visões além das de Schoensttat para preparar as vivências, para assim tentarmos não falar o que já foi dito algumas vezes” – e complementa – “Infelizmente não conseguimos mudar muito a estrutura da espiritualidade das missões, mas o resultado espero que tenha sido bom, isso, claro, que depende muito da experiência de cada missionário. Para mim foi uma missão muito marcante, porque pude aprofundar ainda mais o espírito missionário. E claro, não podemos esquecer que o resultado final da espiritualidade só foi possível graças a toda equipe de secretaria do regional Paraná, aos assessores e principalmente ao cuidado da Mãe de Deus sempre orientando pra que tudo ocorra conforme a vontade do Filho Dela”.

Como já é tradição, durante a semana ocorreram duas noites especiais, a Noite Missionária e a Noite Jovem.  Na primeira, realiza-se um jantar seguido por outro momento descontraído quando uma comunidade entrega um presente à outra e se encerra com uma forte espiritualidade. A segunda é uma grande festa dos missionários para a comunidade. Se inicia com diversas músicas animadas e também é finalizada com uma adoração, relembrando as duas grandes características das MCT: a alegria e o amor a Cristo.

Como vem acontecendo há alguns anos, a Missão se renova bastante em relação aos missionários. Neste ano, quase metade deles participaram pela primeira vez. O depoimento de Paulo Henrique Rigon retrata bem como os meninos se sentem na primeira experiência. “No início estava muito ansioso para ir, mas com um aperto no coração de não me adaptar a meus colegas de comunidade e não conseguir falar nas casas. Porém, já no primeiro dia fui muito bem recebido, tanto na comunidade quanto na cidade. Foi muito divertido acordar todos os dias ao lado de pessoas ótimas e saber que eu poderia fazer a diferença para alguém que precisava de apenas alguma pessoa para escutá-la. Outra coisa muito boa das missões é a proximidade que você tem com as pessoas que ficam em sua comunidade ao ponto de quando você vai para casa, sente falta de acordar às 7h da manhã. As vivências nem se fala, uma melhor que a outra! Sempre muito tocantes e nos fazendo pensar quão pequenos somos”.

 

Nas missões ocorridas em Abatiá, os três reitores foram Thiago José, Luis Fernando Funari e Renan Aprígio. Foram eles que, com ajuda da comissão central, fizeram com que tudo saísse da maneira mais proveitosa possível. Foi necessário muito empenho, além, é claro, da dedicação e força da comunidade para auxiliar os missionários. Thiago, reitor geral, explica sobre a escolha da cidade na qual ocorreram as missões: “Não poderia ter sido melhor. Foram dias de muita tensão até que pudéssemos definir a cidade que iríamos missionar, e eu como reitor destas missões sofria mais ainda com toda essa indefinição. Mas aí a Mãe de Deus vai lá e como sempre nos mostra que não há com o que se preocupar, que tudo está nos planos de Deus, e do nada deixa tudo certo para que as missões ocorressem na cidade de Abatiá” – e ele ainda completa – “posso afirmar com todas as letras que nunca vi uma acolhida tão grande e amorosa em alguma cidade no primeiro ano de missão na cidade, a vontade da comunidade de Abatiá era enorme, tanto das pessoas que nos ajudaram diretamente, como também a acolhida das pessoas nas próprias casas, que sempre nos receberam de portas abertas realmente, com sorriso no rosto e com alegria por estarmos ali. Então a palavra agora, após a missão, é gratidão, não existe outra palavra melhor. Gratidão a Deus e a Mãe mais uma vez por mostrar que tudo dá certo, basta confiar; gratidão a todos missionários, em especial à toda comissão central que se empenharam demais para o sucesso dessas missões; e gratidão à toda comunidade de Abatiá, que deram um verdadeiro show, obrigado novamente”.

Após todos esses dias, os missionários voltam pra casa com a sensação de que deixaram tudo que podiam na cidade de Abatiá, mas que a missão continua agora diariamente, nas pequenas e grandes atitudes da vida particular de cada um deles.

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