Olá pessoal!

Talvez alguns já me conheçam, talvez outros não, mas de qualquer forma eu sou o Daniel. Faço parte do Jumas Guarapuava e também da Equipe do Site Jumas Brasil, sou responsável pelas colunas do site.

Estou escrevendo desta maneira porque gostaria de dividir com vocês uma experiência pessoal que tive no início deste ano e incentivá-los a viver esta mesma experiência. Acho que alguns já sabem do que estou falando, isso mesmo, falo das Missões em Curiúva, realizadas em janeiro deste ano.

Posso dizer que com os anos que participo do Jumas já vivi muitas experiências, mas esta ainda estava faltando em minha vida e agora penso, “Nossa! Por que eu demorei tanto para viver isto?” Mas pensando por outro lado enxergo a Providência Divina atuando. Muitas vezes fui convidado para participar das missões, mas por motivos profissionais nunca pude ir. Confesso que no ano passado as chances de eu ir estavam bem grandes, mas mais uma vez não fui, talvez por falta de esforço meu, não tenho vergonha de dizer, mas também acredito que estava guardado para minha primeira missão a Comunidade Gabriel Rosa, minha comunidade de vida durante as missões. Lá ganhei vinte novos irmãos.

Quando iniciei minha viagem para as missões eu estava com aquele “friozinho na barriga” típico de quando você vai para o desconhecido, mas também sabia que estava indo para algo que iria marcar minha vida para sempre.

Nos primeiros momentos confesso que cheguei a pensar se realmente deveria ter ido, porque por uma semana tua vida muda muito, são muitas privações, você sai do teu mundinho confortável e literalmente cai numa vida onde o essencial não falta, mas os “luxos” que estamos tão acostumados em nossas vidas ficam de lado. Mas nós schoenstatteanos temos uma coisa que nos ajuda muito nisto, é o Capital de Graças e sem ele uma missão e uma comunidade de vida não vão para frente.

Este sentimento durou pouco, durou até minhas primeiras visitas às famílias. À partir deste momento entendi porque eu estava ali. Com certeza senti a prensença de Deus e da MTA muito mais próximos de mim e isto faz com que você sinta-se verdadeiramente amado por Deus e entenda melhor como Deus te chama pelo nome para realizar os planos que Ele tem para cada um de nós.

Nos grupos de trabalho eu estava trabalhando com os adultos e com certeza também vivi novas experiências da presença de Deus em nossas vidas. Tínhamos temas para desenvolver com os adultos, mas acredito que muito mais do que ensinar nós aprendemos com estes trabalhos.

Então, o que estou querendo dizer com o título Entendendo o Ser Missionário? Quero dizer o que escrevi acima, que para ser um missionário, primeiramente você tem que ouvir Deus te chamando pelo nome, depois você deve sentir-se amado por Deus e pela MTA e quando isto acontece você consegue emanar a presença de Deus para outras pessoas. Quando você vê uma igreja grande todos os dias lotada para o terço e para as missas isto faz com que venha em teu coração o sentimento de como é bom ser missionário e deste momento você tira forças para superar o cansaço.

Com certeza isto é um presente de Deus assim como o carinho que recebemos das pessoas, pessoas que não conhecemos mas que veem em nós a presença de Deus e com isso, muitas vezes, a coragem de seguir adiante nesta vida tão atribulada que temos hoje em dia. Ser missionário é ser exemplo.

Ser missionário também é levar todo o conhecimento adquirido nas missões para a vida cotidiana, aplicando no trabalho, estudos e família, por exemplo. É saber se entregar em tudo, como dizia nosso Pai Fundador “Fazer o ordinário de maneira extraordinária”.

Talvez seja difícil entender tudo isto em palavras. Deus preparou isto para ser vivido. Mas fica aí o meu estímulo para vocês que ainda não viveram esta experiência, junte-se a nós e seja também um missionário. Uma vez missionário, sempre missionário, porque esta missão vai se estender para o resto de sua vida. Vamos jogar a preguiça e o medo de lado e nos abandonar na vontade de Deus, nos deixar levar pelos caminhos que Ele construiu para cada um de nós desde o momento em que fomos concebidos.